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01/10/2024

Quanto rendem R$ 50 mil no Tesouro Direto? Confira simulações.

A taxa básica de juros no Brasil subiu em setembro, e o mercado já espera um novo aumento em novembro, o que beneficia investidores em renda fixa. Nessa categoria, reconhecida por seus retornos mais previsíveis, os títulos públicos se destacam como uma recomendação frequente entre especialistas, tanto pela segurança quanto pelas boas taxas de retorno oferecidas. Mas, quanto de fato uma aplicação pode render em títulos do Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional que possibilita a compra de títulos públicos por pessoas físicas via internet. Ao adquirir um desses títulos, o investidor, na prática, está emprestando dinheiro ao governo. Um dos atrativos dessa modalidade é a acessibilidade, já que é possível investir com valores a partir de R$ 30, além de contar com liquidez diária para todos os papéis, permitindo saques a qualquer momento.

Confira, a seguir, quanto uma aplicação de R$ 50 mil aplicada em diversos títulos do Tesouro Direto rende em diferentes prazos, e compare com o rendimento oferecido por outros instrumentos de renda fixa, como letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA), CDB, fundo DI e poupança:

O Tesouro IPCA+ é um título que oferece rentabilidade ajustada pela inflação, somada a uma taxa prefixada definida no momento da compra. Isso significa que, ao final do prazo, o investidor recebe o valor investido corrigido pela variação do IPCA ao longo do período, além de um retorno adicional, representado pelos juros reais. Assim, ele garante a preservação do poder de compra e um ganho acima da inflação. Uma aplicação de R$ 50 mil no Tesouro IPCA+ 2029, que atualmente paga 6,64% ao ano além do IPCA, somaria um montante total de R$ 61.264,35 brutos no prazo de dois anos. Descontados R$ 1.689,65 de Imposto de Renda (IR) e R$ 221,52 de taxa da B3, o investidor obteria o valor líquido de R$ 59.335,18. O mesmo valor investido em LCI/LCA, poupança, fundo DI e CDB retorna um valor menor, mesmo considerando que alguns desses ativos são isentos de IR.

O Tesouro Selic é um título normalmente recomendado para reserva de emergência. Ele tem a remuneração pós-fixada, ou seja, conhecida apenas no resgate. O papel acompanha a taxa Selic, atualmente em 10,75% ao ano, pagando um pequeno prêmio sobre a taxa básica de juros. Isso significa que, à medida que a Selic sobe, o papel paga mais. Mas, quando os juros recuam, o investidor também ganha menos. Um investimento de R$ 50 mil no Tesouro Selic resulta em um montante total de R$ 60.413,45 em dois anos. Após desconto de IR e taxa de custódia, o valor líquido fica em R$ 58.653,10 – também acima das demais opções de renda fixa listadas abaixo, incluindo as isentas.

O Tesouro Prefixado é um título do governo que tem a taxa de retorno conhecida no ato da compra: no vencimento, o investidor irá obter de volta o valor aplicado corrigido pela taxa de face do papel. Atualmente, o papel para 2027 oferece retorno de 12,80% ao ano. Segundo especialistas, o aporte nesse tipo de título é mais arriscado em momentos de incerteza econômica, pois os retornos não serão corrigidos por taxas flutuantes e que refletem o momento do mercado, a exemplo do IPCA e da Selic – ou seja, é possível que o papel pague bem ou mal, a depender do cenário no ato do resgate.

Ao investir hoje R$ 50 mil no Tesouro Prefixado 2027 e resgatar em dois anos, o poupador obteria R$ 63.530,89 antes de impostos, ou R$ 61.253,83 após taxas. Nas condições atuais, trata-se da aplicação do Tesouro Direto que oferece o maior ganho frente a demais opções de renda fixa.

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